Uncategorized

Como pensar e sonhar criadoramente.

Inicialmente, esclareçamos um erro muito comum sobre a interpretação do significado do pensamento criador. Por alguma razão ilógica somente a ciência, a engenharia, a arte e a literatura são consideradas como atividades criadoras. A maioria das pessoas associa o pensamento criador com fatos como a descoberta da eletricidade, da vacina contra poliomielite, a produção de uma novela ou o desenvolvimento da televisão em cores.

Não há dúvida de que essas realizações são uma evidência do pensamento criador. Cada etapa vencida na conquista do espaço é, em todos os sentidos, o resultado do pensamento criador. No entanto, o pensamento criador não se limita a certas ocupações, nem está restrito às criaturas super inteligentes.

Bem, então, que é o pensamento criador?

Uma família de modestos recursos idealiza um plano para enviar o filho para uma importante universidade. Isso é pensar criadoramente. Uma família transforma o mais indesejável dos terrenos de uma rua no mais belo da vizinhança. Isso é pensar criadoramente. Um pastor desenvolve um plano que duplica a assistência às suas prédicas dominicais. Isso é pensar criadoramente. Imaginar um meio de simplificar um arquivo, de conquistar o cliente “impossível”, de manter as crianças construtivamente ocupadas, de fazer com que os empregados gostem realmente do trabalho que executam, ou de prevenir uma “certa” disputa tudo isso constitui exemplos práticos do pensamento criador de todos os dias. O pensamento criador nada mais é do que encontrar um método novo para melhorar qualquer coisa. As recompensas de todos os tipos de sucessos – sucesso no lar, no trabalho, na comunidade – dependem de como encontrar meios para tornar as coisas melhores. Vejamos, agora, o que podemos fazer para desenvolver e fortalecer nossa capacidade de pensar criadoramente.

Primeiro: Acreditar na Possibilidade da Realização. Eis uma verdade fundamental: para fazermos algo, primeiro devemos acreditar que pode ser feito. O fato de se acreditar que alguma coisa pode ser feita põe a mente a trabalhar à procura de um meio de fazê-la.

Para ilustrar esse ponto do pensamento criador nas sessões de treinamento, geralmente emprego esse exemplo: pergunto ao grupo: “Quantos de vocês acham possível acabar com as prisões, dentro de 30 anos?” Invariavelmente os alunos olham-se espantados, certos de que não ouviram direito ou que se trata de uma pilhéria. Por isso, após uma pausa, torno a fazer a

pergunta: “Quantos de vocês acham possível acabar com as prisões, dentro de 30 anos?” Desde que se convencem de que não estou brincando, um deles bombardeia-me com algo assim: “O senhor quer dizer que pretende pôr em liberdade todos os ladrões, assassinos e raptores? Será que não vê qual seriam os resultados? Nenhum de nós teria mais segurança. As prisões são necessárias.”Então os outros interrompem-no.

“Se não houvesse prisões, não haveria mais ordem.” “Há muita gente que já nasce criminoso.”

“O senhor já viu aquele crime, no jornal de hoje?”

E o grupo continua a dar-me uma série de boas razões pelas quais devemos ter prisões. Um aluno chegou mesmo a sugerir que devíamos ter prisões a fim de que os policiais e os guardas tivessem um emprego. Dez minutos depois de permitir que o grupo “prove” por que não podemos deixar de ter prisões, falo-lhes: “Deixem-me dizer-lhes que essa questão de eliminar as prisões foi feita apenas para ilustrar um ponto.”Cada um de vocês apresentou suas razões por que não podemos acabar com as prisões. Agora, façam-me um favor. Durante alguns minutos, tentem acreditar, mas acreditar mesmo, que podemos acabar com as prisões.”Aliando-se ao espírito da experiência, o grupo responde:”

“Muito bem, mas sob protesto.” Então pergunto-lhes: “Admitindo que possamos eliminar as prisões, como o conseguiríamos?-As sugestões vêm vindo aos poucos. Inicialmente, um pouco hesitante, alguém diz: “Bom, acho que o senhor poderia diminuir a criminalidade se estabelecesse mais centros juvenis”. E não demora muito para que o grupo, que dez minutos antes era completamente contrário à ideia, comece a trabalhar com real entusiasmo.

“Trabalhando para eliminar a pobreza. O crime tem grande parte de suas raízes mergulhada na miséria.”

“Realizando pesquisas para localizar os criminosos em potencial, antes que cometam algum crime.”

“Desenvolvendo processos cirúrgicos para curar alguns tipos de criminosos.” “Educando os sentenciados com métodos positivos de reforma.”

Essas constituem algumas amostras das 78 idéias específicas por mim anotadas capazes de ajudar a conseguir o objetivo de se eliminarem as prisões.

Quando se acredita, a mente procura meios de fazer.

Essa experiência frisa apenas um ponto: quando você crê que algo é impossível, sua mente põe-se a trabalhar para provar essa impossibilidade. Mas quando você acredita, mas acredita de verdade que alguma coisa pode ser feita, sua mente começa a trabalhar por você e o ajuda a encontrar meios de fazê-la. O fato de se acreditar que uma coisa pode ser feita prepara o caminho para as soluções criadoras. Acreditar que ela não pode ser realizada é pensar destrutivamente. Isso se aplica a todas as situações, grandes ou pequenas. Os líderes políticos que não acreditam sinceramente na possibilidade de se estabelecer uma paz mundial falharão porque suas mentes estarão fechadas aos métodos criadores para manutenção dessa paz. Os economistas que acreditam na inevitabilidade das depressões financeiras não conseguirão planejar métodos criadores para combater as crises. Do mesmo modo, você pode encontrar meios de gostar de uma pessoa, se acreditar que isso é possível. Você pode encontrar soluções para os problemas pessoais, acreditando nessa possibilidade.

Você pode achar um meio de comprar uma casa nova e maior, se se acreditar capaz de fazê-lo. A crença liberta a força criadora. A descrença põe-lhe um freio. Acredite, e você começará a pensar – construtivamente.

FONTE: A mágica de pensar grande – A força mágica do pensamento construtivo / Autor: David J. Schwartz.

Deixe um comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios estão marcados *

limpar formulárioPostar Comentário