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Os estados emocionais têm uma influência profunda e poderosa sobre o comportamento e maneira de pensar. Depois de ter evocado e calibrado esses estados, como alguém pode usá-los para se tornar mais capaz no presente? É preciso fazer com que eles estejam disponíveis e estabilizados no presente.

Imagine o impacto na sua vida e se pudesse atingir estados de alto desempenho apenas com a sua vontade. Para ter um ótimo desempenho no campo da política, dos esportes, das ates e dos negócios da pessoa precisa ter acesso a esses recursos sempre que for necessário. O ator precisa ser capaz de entrar no papel que vai representar no memento em que a cortina se abre, nem uma hora antes, nem no meio do segundo ato. Esse é o pressuposto básico do que chamamos de profissionalismo.

Também é importante desligar. O ator deve ser capaz de abandonar seu papel quando a cortina se fecha. Muitos profissionais se tornam altamente motivados, conseguem ótimos resultados mais se estressam, perdem o contato com a vida familiar, ficam infelizes e, em  casos extremos, sofrem ataques cardíacos. Para controlar os estados emocionais é preciso equilíbrio e sabedoria.

Cada pessoa tem uma história pessoal em estados emocionais. Para reviver esses estados, precisamos  de um gatilho, ou seja, de uma associação que os permita evocar a experiência original. Nossa mente relaciona experiências naturalmente; é dessa maneira que damos significado àquilo que fazemos. Às vezes as associações são muitos agradáveis. É o caso, por exemplo, de uma música que traz à mente uma recordação agradável. Sempre que a pessoa ouvir aquela música terá as mesmas sensações prazerosas. E sempre  que isso acontecer, a associação se fortalece.

Em PNL, o estímulo está ligado a um estado fisiológico e que o faz disparar é chamado de “ancora”. Outros exemplos de âncoras positivas que  ocorrem naturalmente são: fotografias favoritas, cheiros evocativos, a expressão ou tom de voz de uma pessoa querida.

Em geral, as âncoras são externas. O despertador toca, está na hora de levantar. A campainha da escola indica a hora do recreio. Temos aí ancoras auditivas. Um sinal vermelho de trânsito indica que devemos parar. Um aceno com a cabeça significa sim. Essas são ancoras visuais.um cheiro específico pode nos levar, como num passe de mágica, a cena da infância onde pela primeira vez sentimos aquele odor. Os publicitários tentam transformar a âncora a marca de um produto.

A ancora é qualquer coisa que dê acesso a um estado emocional, e elas são tão obvias e comuns que praticamente mal a notamos. De que forma se cria uma ancora? Há duas maneiras possíveis. Primeiro, por repetição, se vemos constantemente a cor vermelha associada ao perigo. Em segundo lugar, e muito mais importante, é que se pode criar uma âncora instantaneamente, se a emoção for forte e  o momento certo. A repetição só é necessária se não houver nenhum envolvimento emocional. Pense em sua época de escola (que por si já é uma ancora poderosa) e lembre-se como era fácil aprender um assunto interessante e estimulante. No entanto aqueles que não lha interessavam exigiam muita memorização. Quanto menos envolvimento emocional, mais repetições são necessárias para estabelecer uma associação.

A maioria das associações são muito úteis. Elas criam hábitos, e não poderíamos funcionar sem elas. Qualquer um sabe dirigir associa imediatamente a mudança do sinal verde para o vermelho a um movimento dos pés sobre os pedais. Não é uma operação que exige pensamento consciente, e quem não fizer essa associação provavelmente não será capaz de sobreviver por muito tempo na estrada.

Outras associações, mesmo que úteis, podem ser menos que agradáveis. Ver um carro de policia pelo retrovisor provavelmente o que fará pensar no estado do seu carro e em que velocidade está dirigindo.

Outras associações são inúteis. Muitas pessoas associam falar em publico com ansiedade e leves ataques de pânico. Pensar nos exames também faz com que muitas pessoas fiquem nervosas e inseguras. As palavras podem funcionar como ancora. A palavra “prova” é uma ancora para a maioria dos estudantes, que, nessas ocasiões, se sentem ansiosos e incapazes de dar o melhor de si.

Em casos extremos, um estímulo externo pode disparar um estado negativo muito forte. E aí entramos nos campos das fobias. Por exemplo, pessoas que sofrem de claustrofobia interiorizam uma situação muito poderosa entre estar num espaço fechado e a sensação de pânico, e desde então fazem sempre a associação.

Muitas pessoas têm suas vidas desnecessariamente limitadas por medos criados na sua história passada que ainda não foram reavaliados. Nossa mente não pode evitar as associações . Será que as associações que você fez e esta fazendo são agradáveis, uteis e fortalecedoras?

Diante qualquer experiência, seja ela difícil ou desafiadora, podemos desistir previamente em que estado fisiológico gostaríamos de estar. Quando não estamos satisfeitos numa dada situação,  podemos criar uma nova associação e, por tanto, uma nova resposta, a partir das âncoras.

Isto é feito em duas etapas. Primeiro você deve escolher o estado emocional que deseja; depois de associá-lo a um estímulo ou âncora, de maneira a trazê-lo à mente sempre o que desejar. Muitos desportistas usam talismãs para aumentar sua capacidade e força física. Freqüentemente, vemos desportistas fazendo pequenos movimentos rituais que tem o mesmo propósito.

Utilizar ancoras para criar um estado de maior capacidade e maiores recursos é umas das maneiras mais efetivas de mudar nosso próprio comportamento e o de outras pessoas. Se enfrentar uma situação num estado de mais recursos que possuía no passado, seu comportamento provavelmente passará para melhor. Estados de pleno recurso são a chave para desempenho de alto nível. Quando mudamos nosso comportamento, o das outras pessoas também  muda, porque nossa experiência da situação será diferente.

 

Fonte: Introdução á programação neurolinguística / como entender e influenciar as pessoas. Autor:Joseph O Connor e John Seymour.

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