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Este é um fato de significado capital: Todo ser humano, viva na Índia ou em Indianápolis, seja ignorante ou culto, civilizado ou não, jovem ou velho, tem esse desejo: Aspira a sentir-se importante. Pondere isso. Toda a gente, sim, todos – seu vizinho, você, sua esposa, seu chefe -têm o desejo natural de sentirem que “são alguém”. O desejo de ser importante é o mais forte apetite não-biológico do homem. Os anunciantes bem-sucedidos sabem que o povo anela pelo prestígio, distinção e reconhecimento. As manchetes que fazem vender dizem mais ou menos assim: “Para os Jovens Inteligentes…”, “As Pessoas de Gosto Apurado Usam…”, “Para Você que Deseja o Melhor”, “Torne-se Invejado por Todos”, “Para as Mulheres que Desejam Ser Invejadas pelas Mulheres e Admiradas pelos Homens”. Na realidade esses anúncios estão dizendo: “Compre esse produto que você se colocará na classe das pessoas importantes.”

A satisfação do desejo, da fome de ser importante, impele você para o sucesso. É uma peça básica na sua caixa de ferramentas do sucesso. Contudo (e leia essa frase mais uma vez, antes de continuar), embora o fato de assumir a atitude de “ser importante” dê resultados, e não custe nada, muita gente deixa de adotá-la. Mostremos por quê.

Do ponto de vista filosófico, nossas religiões, nossas leis, toda a nossa cultura se baseiam na crença da importância do indivíduo. Suponhamos que você esteja dirigindo o seu próprio avião e seja forçado a descer numa isolada região montanhosa. Assim que o acidente for conhecido, terá início uma busca em larga escala. A ninguém ocorrerá perguntar se se trata de alguém importante. Sem conhecer nada a seu respeito, a não ser que você é um ser humano, helicópteros, aviões e grupos de salvamento a pé pôr-se-ão imediatamente à sua procura. E continuarão a fazê-lo despendendo milhares de dólares, até você ser encontrado, ou não restar mais esperança alguma.

Quando uma criança se perde na mata, cai num poço, ou se vê em alguma outra situação perigosa, ninguém quer saber se pertence a uma família “importante”. Tudo é feito para salvá-la porque todas as crianças são importantes.

Não será muito absurdo calcular que, de todas as criaturas vivas, apenas uma em dez milhões é um ser humano. Uma pessoa é uma raridade biológica. No esquema das coisas divinas é muito importante.

Vejamos, agora, o lado prático. Quando a maioria das pessoas desloca o seu pensamento das discussões filosóficas para as situações do dia-a-dia tendem, infelizmente, a esquecer os seus conceitos ebúrneos sobre a importância dos indivíduos. Observe amanhã como a maioria delas exibe uma atitude que parece dizer- “Você é um joão-ninguém, de nada vale, nada significa, absolutamente nada, para mim.” Há uma razão para que prevaleça a atitude de “não ser importante”. A maioria das pessoas olha para uma outra e pensa. “Ela nada pode fazer por mim, portanto, não é importante.”

Mas é aí que se comete um erro fundamental. A outra pessoa, em que pese sua situação e sua renda, é importante para você por duas gigantescas razões que podem ser medidas em dólares e cents”.

Primeiro, as pessoas fazem mais por você quando você as faz sentirem-se importantes. Há anos, em Detroit, eu tomava um determinado ônibus para ir ao trabalho. O motorista era um velho rabugento. Dezenas, talvez centenas de vezes, vi esse motorista arrancar, quando um passageiro correndo e agitando as mãos, estava a apenas um ou dois segundos prestes a alcançar a porta veiculo. Durante um período de vários meses vi, também, o mesmo motorista dedicar uma cortesia toda especial a um único passageiro, o que aconteceu muitas vezes. Até esperar por ele o motorista esperava. E por que isso? Porque o passageiro procurava fazer com que o motorista se sentisse importante. Todas as manhãs ele saudava o motorista com um personalíssimo e sincero “Bom dia, senhor”. As vezes sentava-se perto dele e fazia pequenos comentários como “Não há dúvida de que o senhor tem um bocado de responsabilidade”; “É preciso ter nervos para dirigir num tráfego como o de hoje”; “E o senhor mantém tudo no horário”. Aquele passageiro fazia o motorista sentir-se tão importante como se estivesse pilotando um transporte a jato, de 180 lugares. E, em retribuição, o motorista se mostrava cortês para com o passageiro.

Compensa fazer com que as pessoas “humildes” sintam-se importantes. Hoje, em milhares de escritórios por toda a América, há secretárias que ajudam os comerciantes a ganhar ou perder dinheiro, de acordo com a maneira pela qual são tratadas. Faça alguém se sentir importante, e ele cuidará de você. E se ele cuida mais de você, faz mais também por você. Para que seus fregueses comprem mais, seus empregados trabalhem melhor, seus companheiros deixem o que estão fazendo para cooperar com você, e para que o seu chefe o ajude mais, basta fazer com que se sintam importantes. Compensa fazer com que as pessoas “importantes” sintam-se ainda mais importantes. Aquele que pensa com largueza dá sempre mais valor aos outros, visualizando o que eles têm de melhor. E porque pensa neles assim, obtém deles o melhor. Eis agora a segunda razão para fazer com que os outros se sintam importantes: Quando você ajuda os outros a se sentirem importantes, você também se sente importante.

A cabineira de um dos elevadores de que me serviu por vários meses tinha a aparência de uma criatura completamente insignificante. Parecia ter cinqüenta anos, não possuía nenhum atrativo e certamente não tinha nenhum interesse no trabalho executava. Era evidente que o seu desejo de ser importante está completamente insatisfeito. Era um dos milhões de pessoas que passam meses sem ter um motivo para acreditar que alguém repare nelas e se importe com elas.

Uma manhã, notei que ela havia rearranjado o cabelo. Era, evidentemente, coisa feita em casa. Tinha sido cortado e conferia lhe uma aparência melhor.

Então, disse-lhe: “Srta. S. (Nota: eu havia aprendido o nome dela), gostei do seu cabelo. Está realmente bonito. “Ela enrubesceu, murmurou um “Muito obrigada”, e quase se enganou na parada seguinte. Gostou do cumprimento.

Na manhã seguinte, escute e segure-se, quando entrei no elevador, ouvi: “Bom dia, Dr. Schwartz. ” Anteriormente, jamais eu havia ouvido essa cabineira dirigir-se a alguém pelo nome. E durante todo o tempo em que mantive meu escritório naquele edifício, nunca mais a ouvi chamar pelo nome outra pessoa que não eu. Tinha conseguido fazê-la sentir-se importante. Havia-a cumprimentado com sinceridade e havia me dirigido a ela pelo nome. Tinha feito com que ela se julgasse importante. Agora, ela retribuía, fazendo-me sentir importante também. Não nos enganemos. Quem não possui um profundo sentimento de auto- importância está destinado à mediocridade. Este ponto deve ser levado para casa muitas  vezes. Você tem de se sentir importante para obter o sucesso. Compensa fazer com que os outros se sintam importantes, pois isso faz você sentir-se mais importante. Experimente e veja. Eis como proceder:

1 – Habitue-se a Apreciar – Adote como norma deixar que os outros percebam que você aprecia o que fazem por você. Jamais, jamais permita que alguém sinta ser obrigado a fazer qualquer coisa. Aprecie sempre com um sorriso caloroso, sincero. O sorriso com que o outro perceba que você reparou nele, e que o olha simpatia. Faça sua apreciação deixando os outros saberem que você depende deles.

2 – Habitue-se a Chamar as Pessoas pelos seus Nomes – Todo o ano, espertos fabricantes vendem mais pastas, lápis, bíblias, e centenas de outros artigos, adotando o expediente de colocar o nome do comprador no produto. Toda a gente gosta de ser chamada pelo nome. Isso causa uma espécie de estímulo. Lembre-se especialmente de duas coisas: pronuncie corretamente o nome dos outros. Quando você pronuncia errado o nome de uma pessoa dá a ela a impressão de que a considera vulgar. Mais um lembrete especial: quando se dirigir a uma pessoa com a qual não tenha intimidade dê-lhe o tratamento apropriado – senhorita, senhor ou senhora.

3 – Não se Apodere da Glória. Faça dela um Investimento Rendoso – Recentemente fui convidado para assistir a uma convenção de vendedores. Depois do jantar, o vice-presidente encarregado do departamento de vendas da companhia fez a entrega dos prêmios aos gerentes dos dois distritos cujas vendas haviam alcançado os melhores recordes no ano que findava. Em seguida o vice-presidente pediu aos dois premiados que falassem durante quinze minutos, explicando como haviam conseguido um resultado tão brilhante.O primeiro […] cobriu-se inteiramente com os elogios do vice-presidente. Assim procedendo, ofendeu o seu próprio pessoal. Seus auxiliares ficaram desmoralizados. O segundo passou os louvores aos seus vendedores, sabendo que assim seria muito melhor. Este homem sabia que os elogios, da mesma forma que o dinheiro, podem ser investidos para dar dividendo. Sabia que passando o crédito aos seus homens, eles iriam esforçar-se mais ainda, no ano seguinte. Lembre-se que o elogio é uma força. Empregue os louvores que recebe de seus superiores. Passe-os aos seus subordinados que se sentirão estimulados a realizar mais e melhor. Procedendo assim eles ficam sabendo que você os aprecia sinceramente. Eis um exercício extraordinário, compensador e que pode ser feito todos os dias.

FONTE: Livro A mágica de pensar grande – A força mágica do pensamento construtivo / Autor: David J. Schwartz.

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